Caminhando na praça de Andrequicé, chegou um menino de seis anos: “eu sou neto do Manuelzão”. Eu até achei que era brincadeira, mas ele começou a falar um trecho do livro Manuelzão e Miguilim. Percebendo a naturalidade dele para contar histórias, chamei Inácio para gravar aquelas cenas. Aparentemente tímida, a amiguinha dele, Eduarda de Oliveira, se aproximou e concordou em gravar também. Com o passar do tempo a timidez perante a câmera, se transformou em uma indescritível naturalidade. “Marco Túlio não é do grupo de contadores não, mas ele escuta e aprende. Quando ele sai da creche eu vou contando o que aprendo”, explica Eduarda.
“Você já se imaginou um dia na tela de cinema?”, perguntou Inácio. “Já sim. Eu imaginei que tava cheio de gente e eu aparecendo na tela fazendo teatro”, respondeu Eduarda. E sem medo, ela fala dos seus colegas de sala. “Ler é quando você lê um monte de coisa. Você só sabe algumas palavrinhas”, Eduarda comenta sobre o aprendizado de Marco Túlio na escola. Se o neto de Manuelzão tem dificuldades com as letras , ele compensa tudo isso na espontaneidade em que conta suas histórias.
Essas crianças são fruto de um lugar inspirado para os cineastas. Andrequicé é um lugar abençoado por tudo, desde a sua cultura até ao cenário cinematográfico..
ResponderExcluirAqui é o melhor lugar do Mundo!!!