A madeira tá lá bruta, inóspita, jogada no campo ou na beira do rio. Aquele pedaço de emburana é lapidado até se transformar numa obra de arte. O artista plástico e pintor, Joasir Pereira, tem boa imaginação. “Eu pego a madeira e vou vendo o que dá pra fazer”, explica. Nesse caso, é o próprio material que vai indicando no que quer se transformar. Aproveitando o desenho, o ritmo, as curvas, ele chega na forma final.
Durante a filmagem no Quilombo Tomé Nunes, distrito de Malhada na Bahia, foi impossível não se encantar pelo trabalho do artista Joasir. Ali, naquela pequena comunidade, ele se inspira e dá forma a natureza. Ele já pintou o rio São Francisco, os pescadores e as mulheres negras do quilombo. Essa obra em especial, gigante, talhada na emburana retrata uma negra. A perfeição é tamanha que é quase impossível imaginar que a escultura foi feita em madeira.
Durante a filmagem no Quilombo Tomé Nunes, distrito de Malhada na Bahia, foi impossível não se encantar pelo trabalho do artista Joasir. Ali, naquela pequena comunidade, ele se inspira e dá forma a natureza. Ele já pintou o rio São Francisco, os pescadores e as mulheres negras do quilombo. Essa obra em especial, gigante, talhada na emburana retrata uma negra. A perfeição é tamanha que é quase impossível imaginar que a escultura foi feita em madeira.
Mesmo retratando temáticas bem próximas de sua comunidade, o olho de Joasir brilha mesmo é quando fala do renascimento. “O quadro que mais me marcou foi da renascença. A minha maior inspiração é Michelangelo que é o mestre da anatomia”, nos explica. Depois de falar das sombras, do movimento, da harmonia típica desse período, ele pega uma tela gigante e começa a desenrolar no chão. A Donzela foi feita em homenagem ao pintor holandês Paul Rubens. “Essa é uma tela renascentista. Colocavam tons vermelhos e azuis por que era requinte e usavam essas gordinhas como modelo”, explica.
Joasir não teve mestre aprendeu tudo com os livros . Hoje ele mora no quilombo, mas já esteve em Embu das artes em São Paulo. Por lá, conheceu e conviveu com vários artistas. “Eu conheci um pintor grego e aprendi a tomar vinho seco”, brinca. De vez em quando ele vende uns quadros em Carinhanha. É artista conhecido na região.
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