Os meninos brincavam em cima da charrete. Suas sombras eram projetadas na parede. Num jogo de projeção e de encantamento encontramos talvez a melhor imagem. Durante a pré- produção do projeto Cinema no rio São Francisco, a busca por imagens que apaixonem o público e por personagens da vida real que prendam a atenção da platéia é o maior objetivo. É na pré-produção que rodamos o filme sobre a cidade, exibido antes dos longas metragens. É dessa brincadeira de esconde-esconde que a magia do cinema se realiza. O jogo de espelhamento, no qual a cidade se vê na tela, reconhece o seu lugar e se descobre.
Em Felixlândia
Zé do Aterro mora em frente a casa do Zé do Violão. Cumade Maria teve 23 filhos - daí o nome: todo mundo é cumpade dela. Na cidade de Felixlândia, as pessoas são conhecidas pelos apelidos. Zé do Aterro viajou para Belo Horizonte e Zé do Violão foi à Barra do Paraopeba. Sem ter como entrevistar nomes tão sugestivos, continuamos nossa busca por depoimentos que nos ajudem a reconstruir um pouquinho da história da cidade. É na correria que vamos nos encontrando. Dessa vez, a secretária de Turismo, Leidélia, nos ajudou na primeira rodada pela cidade. Comentando cada detalhe e cada problema que o município enfrenta fomos nos inteirando sobre a enchente que foi até a escola, a barragem que está sendo construída, a expedição que será feita pelo rio Paraopeba e até dos projetos de cinema que ela e sua equipe aprovaram no Ministério da Cultura. É nessa visita em que também nos damos conta dos frutos que a passagem do cinema na região proporcionou. É a primeira vez que o cinema no rio passa por Felixlândia, mas já houve exibições em cidades vizinhas como São José do Buritis. Leidélia não esconde sua paixão pelo cinema e atribui o sucesso dos projetos que estão sendo realizados na cidade à influência e o despertar que o projeto Cinema no Rio trouxe para a região.
Encontramos o mestre do grupo de folia de reis. De forma muito solicita ele concordou em convidar algumas pessoas do grupo para gravar na igreja. Quando chegamos ficamos surpresos. Todos os integrantes estavam presentes, vestidos à caráter para o ritual da folia. Entre conversas e cantigas conseguimos imagens muito representativas. E para jogar com a tradição, saímos pelos bares e lanchonetes da cidade para perguntar o que a folia representa para os moradores de Felixlândia. Enquanto muito disseram não conhecer o grupo, outros se disseram apaixonados por ele. Numa cidade em que os carros de som e as músicas “importadas” parecem dominar, é intrigante perceber o reconhecimento que a folia desperta.
Em Felixlândia
Zé do Aterro mora em frente a casa do Zé do Violão. Cumade Maria teve 23 filhos - daí o nome: todo mundo é cumpade dela. Na cidade de Felixlândia, as pessoas são conhecidas pelos apelidos. Zé do Aterro viajou para Belo Horizonte e Zé do Violão foi à Barra do Paraopeba. Sem ter como entrevistar nomes tão sugestivos, continuamos nossa busca por depoimentos que nos ajudem a reconstruir um pouquinho da história da cidade. É na correria que vamos nos encontrando. Dessa vez, a secretária de Turismo, Leidélia, nos ajudou na primeira rodada pela cidade. Comentando cada detalhe e cada problema que o município enfrenta fomos nos inteirando sobre a enchente que foi até a escola, a barragem que está sendo construída, a expedição que será feita pelo rio Paraopeba e até dos projetos de cinema que ela e sua equipe aprovaram no Ministério da Cultura. É nessa visita em que também nos damos conta dos frutos que a passagem do cinema na região proporcionou. É a primeira vez que o cinema no rio passa por Felixlândia, mas já houve exibições em cidades vizinhas como São José do Buritis. Leidélia não esconde sua paixão pelo cinema e atribui o sucesso dos projetos que estão sendo realizados na cidade à influência e o despertar que o projeto Cinema no Rio trouxe para a região.
Encontramos o mestre do grupo de folia de reis. De forma muito solicita ele concordou em convidar algumas pessoas do grupo para gravar na igreja. Quando chegamos ficamos surpresos. Todos os integrantes estavam presentes, vestidos à caráter para o ritual da folia. Entre conversas e cantigas conseguimos imagens muito representativas. E para jogar com a tradição, saímos pelos bares e lanchonetes da cidade para perguntar o que a folia representa para os moradores de Felixlândia. Enquanto muito disseram não conhecer o grupo, outros se disseram apaixonados por ele. Numa cidade em que os carros de som e as músicas “importadas” parecem dominar, é intrigante perceber o reconhecimento que a folia desperta.
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