por Amanda Horta
Domingo cedo a estrada nos levou de Pirapora a Ibiaí, atrás de novas histórias. Os muitos encontros que se farão filme começam na feirinha da cidade, a poucos metros de onde o Cinema no Rio já brilhou a tela para os olhos de tanta gente e que, no dia 15 de setembro, voltará, mostrando outros cantos da tradição destes vizinhos do Rio São Francisco.
Dentre eles, está Sr. Eustáquio (58), que ainda menino já nadava pelas águas do Velho Chico. O ofício de peixe, nos conta, aprendera tal qual a arte de tecer redes: seus olhos atentos lhe serviram de único mestre.
Dali, visitamos Sr. Osair que, de viola e cavaquinho no braço, nos levou até a casa de Sr. Geraldo (44), exímio tocador de sanfona. Autodidata, Geraldo toca a sanfona de ouvido: quando bebê perdera a visão e a música, feito alimento, lhe tapava a fome do peito, acalentando as tristezas e embalando as alegrias da vida.
E do encontro destes dois músicos, bem frente à câmera se faz seresta, cercada por memórias que ganham vida nas palavras dos velhos amigos e nas notas das velhas canções.
E do encontro destes dois músicos, bem frente à câmera se faz seresta, cercada por memórias que ganham vida nas palavras dos velhos amigos e nas notas das velhas canções.
Lindo, lindo.
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